Morlan implementa projetos inovadores que ampliam eficiência energética na indústria

Entre as iniciativas estão os processos responsáveis por identificar a matriz de gastos energéticos, adequar a manutenção do maquinário e realizar a gestão de resíduos gerados no processo de tratamento do aço

Relatório desenvolvido após o início dos projetos demonstrou aumento de 9,0% na produtividade da operação, redução de 5,0% na emissão de CO₂, bem como 5,72% de queda no consumo energético

Iniciativa relacionada ao tratamento de resíduos estima uma recuperação de 70% do Zinco utilizado pela empresa

Com o objetivo de reduzir o consumo energético em suas operações e promover iniciativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável a partir de uma agenda alinhada às práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), a Morlan, empresa 100% brasileira e especializada na fabricação de produtos de aço, investe na implementação de ações responsáveis por identificar a matriz de seus gastos energéticos, adequar a manutenção do maquinário e realizar a gestão de resíduos gerados no processo de tratamento do aço.


A primeira iniciativa trata-se do investimento em lubrificantes com maior desenvolvimento tecnológico, capazes de diminuir substancialmente o atrito mecânico, melhorar o desempenho do maquinário, aumentar a produtividade e, consequentemente, reduzir o consumo energético e a emissão de CO₂.


A ação foi inicialmente implementada nos motores de uma das máquinas de trefilação e, a partir de agora, o projeto segue em expansão para os outros maquinários do processo produtivo da companhia. Segundo dados do relatório de resultados referente ao projeto, após a substituição do produto, o equipamento apresentou um aumento de 9,0% na produtividade da operação, uma redução de 5,0% na emissão de CO₂ (o que corresponde a 07 arvores salvas por ano), bem como 5,72% de queda no consumo energético.


De acordo com a engenheira de processos da Morlan, Sofia Vitaliano, para atingir os objetivos sustentáveis, o primeiro passo deve ser garantir melhorias diretas na produção industrial. “Para qualquer empresa, é determinante iniciar estes procedimentos relacionados à eficiência energética diretamente nos processos produtivos. Isso possibilita a criação de uma cultura mais sustentável, tendo em vista a inclusão deste modelo desde o início de todo o procedimento”, comenta a especialista.


Processo de tratamento de subprodutos de Zinco
Além desta mudança, a Morlan implementou, também, um projeto pioneiro com relação ao tratamento de resíduos derivados do processo de produção. Este modelo consiste no reaproveitamento dos subprodutos do Zinco. Ou seja, o óxido e cinza de Zinco gerados a partir da galvanização são coletados e encaminhados ao parceiro, que realiza a transformação destes subprodutos em nova matéria-prima. A estimativa com esta mudança é que 70% do Zinco seja recuperado e reutilizado.


Além dos ganhos sustentáveis, a estratégia é um importante diferencial competitivo, tendo em vista o valor de mercado do produto. “Atualmente, o Zinco é o material mais caro utilizado pela empresa. Desta forma, este processo nos assegura um importante diferencial de mercado, que garante a qualidade de todos os produtos, com otimização de custos e redução significativa de desperdícios”, explica Sofia.


Para o engenheiro de processos da Morlan, José Antônio Gera, a preocupação com o ciclo de utilização e retorno dos recursos naturais também está presente na manutenção dos recursos hídricos. “A Morlan conta, em seu parque industrial, com uma estação de tratamento contínuo dos efluentes industriais para reutilização da água tratada nos diversos processos fabris e, além disso, há uma constante procura por parceiros de negócios interessados em transformar os nossos resíduos em potenciais matérias-primas para outros mercados, reduzindo assim o volume de extração de novos recursos, consumo de energia e emissão de poluentes”, destaca Gera.


Para o especialista, é fundamental aliar as necessidades ambientais das empresas com uma produção mais eficiente e competitiva. “Existe uma grande mudança no que se entende por competitividade no mercado. Antes, ela era atrelada à alta produção e baixos custos; hoje, o conceito associa-se a uma produção alinhada aos princípios sustentáveis, sociais e éticos.

Desta forma, é imprescindível para as empresas acompanharem estas mudanças culturais e implementarem, sempre que possível, iniciativas que corroborem para o desenvolvimento dos negócios, mas levando em consideração as melhorias sustentáveis, alinhadas às práticas ESG. Assim, é possível garantir a integridade ambiental, econômica e social em toda a cadeia produtiva”, finaliza Gera.

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